O diagnóstico de diabetes traz muitas transformações para vida de qualquer um. Entre elas, podemos citar as alterações na dieta e no estilo de vida. Essas mudanças não são fáceis, mas fundamentais para evitar os riscos que o quadro pode trazer.
O açúcar é o principal componente da alimentação a ser restringido na dieta, no seu lugar, entra o adoçante. Porém, existe um tipo melhor de adoçante para diabéticos? Já adiantamos que a resposta é sim e, ao longo deste artigo, explicamos as recomendações.
Então, continue a leitura, saiba quais priorizar e entenda a importância do acompanhamento médico para manter a qualidade de vida e sabor na alimentação.
Quais adoçantes podem ser utilizados por diabéticos?
Para entender qual o melhor adoçante para diabético, primeiro, explicamos a diferença entre os edulcorantes não calóricos e os calóricos. Em seguida, detalhamos as características dos que são recomendados para quem tem diabetes. Confira!
Adoçantes não calóricos são os indicados
O tipo de adoçante ideal para diabéticos é o não calórico, com baixa ou nenhuma caloria, de origem natural e que não afeta os níveis de insulina e a taxa de açúcar no sangue (glicemia). Porém, algumas opções artificiais, como a sucralose, podem ser utilizadas1 2.
Além de ajudar no controle da ingestão de açúcares, a função dos edulcorantes não nutritivos ou intensos, como também são chamados, é fornecer apenas o dulçor acentuado3.
Os adoçantes dessa categoria, geralmente, possuem poder adoçante centenas de vezes maior do que o açúcar. Por isso, devem ser utilizados em quantidades reduzidas3.
Qualquer pessoa diabética pode incluir adoçantes não calóricos na rotina. Porém, a partir do diagnóstico, é fundamental ter a orientação de um profissional para montar um plano alimentar completo e com refeições balanceadas4.
Isso porque a reeducação alimentar é só uma das mudanças na vida de quem tem diabetes, e a redução do açúcar para diabéticos é apenas um dos passos. Fazer atividades físicas frequentemente é outro hábito que deve ser seguido para seguir uma abordagem completa4.
Adoçantes calóricos devem ser evitados
Os adoçantes calóricos, ou adoçantes nutritivos, são subdivididos em duas categorias:
- carboidratos e derivados: açúcares refinados, HFCS (High Fructose Corn Syrup), frutose, glicose, mel, lactose, maltose, polióis e outros3;
- peptídeos e derivados: aspartame, alitame, neotame e outros3.
Assim como as opções não calóricas, existem as calóricas naturais e artificiais. O poder adoçante das substâncias é consideravelmente superior ao do açúcar, por isso, o controle do consumo também é necessário3.
Na digestão, os adoçantes da categoria são utilizados como fontes de energia e convertidos em gordura, ficando armazenados no tecido adiposo5. Alguns tipos, como a frutose, são associados a aumento de peso, pressão arterial elevada, triglicérides fora do aceitável, resistência à insulina e à mudanças nos níveis de ácido úrico5.
Por isso, esses adoçantes calóricos não são recomendados para diabéticos.
Então, qual é o melhor adoçante para diabéticos?
Os adoçantes para diabéticos comumente recomendados como melhores são: o xilitol, o eritritol e a stevia. Porém, é importante destacar que essas opções não são regras absolutas.
A escolha do melhor tipo de adoçante considera, principalmente, as características dos pacientes. Explicamos sobre cada uma das opções a seguir:
Xilitol
O xilitol é uma substância natural extraída da xilose, um monossacarídeo encontrado nas fibras do bagaço da cana-de-açúcar, do milho e da madeira. Também está presente, em concentrações pequenas, em algumas frutas e vegetais6.
Possui 4 kcal/g, sabor refrescante, leve e muito similar ao açúcar. Inclusive, o poder adoçante do xilitol é semelhante ao do açúcar6.
A ingestão diária aceitável (IDA) não é especificada, o que significa que o consumo não traz risco à saúde. Porém, é importante buscar orientação profissional para ter uma recomendação de uso personalizada, pois o xilitol tem potencial laxativo6.
Principais benefícios: pouco calórico, baixo índice glicêmico e não é facilmente fermentado pelas bactérias da boca, contribuindo para a saúde bucal2.
Eritritol
O eritritol é outra opção de adoçante para diabéticos, extraído de fonte natural, especificamente do milho, que realça o sabor doce de bebidas e alimentos. A substância tem 70% do poder adoçante do açúcar2.
Outro benefício do eritritol é que ele não possui sabor residual e tem zero índice glicêmico, por isso, pode ser incluído na dieta de quem tem diabetes2.
Além disso, a substância é absorvida e eliminada do organismo pela urina. Portanto, em quantidades moderadas, não causa desconfortos gastrointestinais. Porém, é necessário evitar excessos2.
A quantidade de ingestão diária aceitável (IDA) também não é especificada. Então, é importante orientar-se com um profissional para monitorar o uso e os efeitos2.
Stévia
A stevia é uma substância de origem natural, que vem da planta Stevia Rebaudiana, nativa do Brasil e do Paraguai. Seu poder de adoçante é 300 vezes maior que o açúcar6.
Possui zero calorias e ingestão diária aceitável (IDA) de 4 mg/kg p. c. (miligramas por quilo de peso corpóreo). Possui um gosto residual um pouco amargo, mas é uma das opções de adoçante para diabéticos que pode ir ao fogo, pois evidencia o sabor dos alimentos6.
Outra vantagem é que a substância representa uma boa opção de adoçante em pó para diabéticos, mas sua versão líquida também é comercializada no mercado.
Importância do acompanhamento médico
O acompanhamento médico é fundamental não só para a definição de qual adoçante para diabéticos utilizar, mas também para diagnosticar corretamente o quadro. Isso porque existem três tipos de diabetes7:
- diabetes tipo 1;
- diabetes tipo 2;
- diabetes gestacional.
A partir de um diagnóstico preciso, o médico especifica as recomendações essenciais para tratar o quadro, avalia o quão severas serão as restrições, fatores de riscos, comorbidades presentes (ex: obesidade e hipertensão) e outros cuidados7.
Consumo não é obrigatório, mas pode ajudar na adaptação
Outro ponto importante quando se trata de adoçantes para diabéticos é lembrar que o uso não é obrigatório e, caso o paciente não deseje utilizá-lo, ou não se adapte, ele deve conversar com o médico para manter a restrição e obter os nutrientes necessários.
Porém, em um primeiro momento, os adoçantes são um caminho para se adaptar à retirada do açúcar, ajudando a fazer uma transição gradual do paladar e utilizando pontualmente, quando o paciente desejar.
Os especialistas ainda recomendam fazer um rodízio entre os melhores tipos, consumindo-os com moderação e evitando os efeitos adversos8.
Quem tem diabetes pode usar Zero-Cal?
Sim, Zero-Cal possui um portfólio completo de produtos, do tradicional ao natural, o que facilita a escolha daquele que melhor atenda às suas necessidades!
Entre as linhas, existem as opções eritritol e stevia, recomendadas para diabéticos consumirem com segurança. Experimente e mantenha o sabor da sua alimentação!