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O que é neuropatia diabética? Quais os sintomas? Como tratar?

20/02/2025

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As complicações da diabetes podem comprometer severamente sua autonomia e bem-estar. Desse modo, é essencial conhecer os riscos. Por exemplo, saber o que é a neuropatia diabética e como prevenir o agravamento da doença é indispensável para manter elevada a sua qualidade de vida. 1,2

O quadro pode atingir até 50% das pessoas com diabetes mellitus, devido ao excesso de glicose e gorduras no sangue. Nesse cenário, os vasos e nervos se deterioram, o que resulta em dano intenso ao sistema nervoso periférico.  1,2

Com o tempo, podem surgir sintomas desconfortáveis, como formigamento, dormência nos membros e problemas mais graves, inclusive dores crônicas intensas, paralisia facial, dificuldades motoras e distúrbios sistêmicos. 1,2

Nesse post, explicaremos quais os tipos mais comuns de neuropatia diabética, como identificar os primeiros sinais de alerta, como é o tratamento e como evitar ao máximo o início do quadro. 1

Resumo:

  • Define-se o que é a neuropatia diabética como um conjunto de manifestações clínicas que pode provocar danos progressivos no sistema nervoso periférico como complicação da diabetes. Em geral, os nervos mais atingidos são os das pernas e dos pés, enquanto o processo degenerativo de tronco, braços ou mãos é mais raro. 1
  • Os sintomas iniciais da neuropatia diabética podem incluir dor contínua, às vezes sem causa aparente, formigamento, dor excessiva após estímulos de baixa intensidade e sensação de calor, ardência e queimadura nas zonas atingidas. 1,2,3
  • Existem diferentes tipos de neuropatia diabética e os sintomas variam conforme a manifestação clínica de cada indivíduo. 1,3
  • Não há cura para a neuropatia diabética, mas o tratamento é importante para interromper ou desacelerar a degeneração dos nervos periféricos. Assim, é possível desfrutar de melhor qualidade de vida e evitar complicações mais severas. 1-3

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O que é a neuropatia diabética?

A neuropatia diabética é uma complicação da diabetes caracterizada pela degeneração do sistema nervoso periférico. Em geral, ocorre pelo acompanhamento inadequado ou insuficiente dos níveis de glicose no sangue. Nesses casos, o excesso de açúcar em circulação é responsável por causar danos progressivos aos nervos. 1,2

Como o desenvolvimento do quadro é lento, os primeiros sintomas costumam passar despercebidos. Porém, após esse período inicial, que inclui dor e formigamento nos pés, pernas, mãos e em várias outras partes do corpo, pode haver evolução para perda de sensibilidade e controle das funções básicas. 1,2

Além disso, vale destacar que existem múltiplas formas de neuropatia diabética, e mais de 50% das pessoas que convivem com o diabetes desenvolvem esse tipo de complicação severa. Consequentemente, o diagnóstico e acompanhamento da condição é essencial para a sua qualidade de vida. 1,2

Sintomas de neuropatia diabética

Os principais sintomas de neuropatia diabética em fase inicial são de resposta sensorial excessiva a um estímulo ou manifestações espontâneas. Ou seja, você pode sentir dor intensa após um toque leve ou então sentir esse forte desconforto sem causa aparente. Além disso, ocorre dormência, formigamento, sensação de queimadura, choque e picadas. 3

Ao relatar o caso para o médico, o quadro sintomático pode indicar: 3

  • hipoestesia: diminuição ou perda da sensibilidade;
  • hiperestesia: sensibilidade excessiva a estímulos;
  • hiperalgesia: sensibilidade exagerada a estímulos de dor;
  • hiperpatia: dor contínua mesmo após remoção da causa;
  • alodínea: sensação de dor causada por agentes e estímulos não dolorosos;
  • arreflexia: ausência de reflexos.

Em geral, as áreas mais atingidas são os pés, as pernas e as mãos. Porém, outras zonas do sistema nervoso periférico são afetadas, inclusive partes dos membros superiores e do tronco. A extensão dos sintomas varia conforme o tipo de neuropatia que apresentar. 1,3

Tipos de neuropatia

Entre os múltiplos quadros que caem sob esse termo guarda-chuvas, os mais comuns são: 1,2

  1. neuropatia periférica;
  2. neuropatia anatômica;
  3. neuropatia proximal;
  4. neuropatia focal.

Para entender o que é neuropatia diabética, é preciso reconhecê-la como um conjunto de manifestações diferentes. Normalmente, a classificação entre uma subdivisão e outra depende do grupo de nervos periféricos atingidos. 1,2

1. Neuropatia periférica

A neuropatia periférica é a manifestação mais comum desse tipo de quadro. Em geral, começa a afetar os membros inferiores no estágio inicial e, em seguida, atinge as mãos, braços e outras áreas do corpo. 1,2

Entre os sinais de alerta, destacam-se: 1,2

  • dormência;
  • formigamento;
  • dificuldade para sentir dor ou mudanças de temperatura;
  • sensação de ardência ou calor;
  • fraqueza muscular;
  • sensibilidade excessiva ao toque;
  • dor excessiva e/ou espontânea.

2. Neuropatia autonômica

Essa variação da neuropatia diabética afeta o sistema nervoso autônomo, responsável por controlar funções como frequência cardíaca, pressão arterial, suor e digestão. Além disso, desenvolve outras atividades pertinentes aos olhos, bexiga, órgãos reprodutivos e trato gastrointestinal. 1,2

Nesse contexto, os sintomas incluem: 1,2

  • hipotensão ortostática (queda súbita da pressão, acompanhada de tontura e/ou desmaios, ao mudar de posição ou se levantar);
  • dificuldade para engolir;
  • problemas intestinais e urinários;
  • dificuldade para esvaziar o estômago;
  • aumento ou redução nos níveis de suor;
  • dificuldade para ajustar a visão ao mudar o foco ou após mudanças na iluminação do ambiente;
  • distúrbios sexuais, como dificuldade para reagir a estímulos, falta de lubrificação natural e disfunção erétil.

3. Neuropatia proximal

Esse tipo de neuropatia afeta principalmente os nervos das pernas e ao redor do quadril. Em casos raros, o abdômen e o tórax também são atingidos. Os sintomas costumam se manifestar em apenas um dos lados do corpo, ao menos no início, e se espalham conforme o agravamento do quadro.  1,2

Os sintomas de neuropatia proximal incluem: 1,2

  • dor intensa no quadril, nádegas e coxas;
  • fraqueza ou perda de massa muscular nas coxas;
  • dificuldade para se levantar;
  • dor ou desconforto no peito e na barriga.

4. Neuropatia focal (mononeuropatia)

A neuropatia focal, também conhecida como mononeuropatia, é uma condição que afeta um nervo específico, que pode estar no rosto, no tronco, nos braços ou nas pernas. Os sintomas incluem: 1,2

  • visão embaçada, com dificuldade de focar, ou vista dupla;
  • paralisia facial unilateral;
  • fraqueza, dor ou perda de sensibilidade em uma área específica dos membros, principalmente nas coxas, canelas, pés, mãos e dedos.

Como tratar a neuropatia diabética?

O tratamento da neuropatia diabética consiste em aumentar o controle do diabetes, tratar a dor e melhorar os cuidados com a saúde dos pés, que são áreas mais sensíveis e com risco de desenvolver novas complicações. Para fazer o diagnóstico e acompanhamento adequado, é bom procurar um endocrinologista ou neurologista. 1,3

Além disso, as principais recomendações de como tratar a neuropatia diabética incluem as seguintes medidas: 1,3

  • promover um controle glicêmico rigoroso, a fim de monitorar e manter os níveis ideais de açúcar no sangue;
  • para alívio da dor e demais sintomas, usar anticonvulsivantes, antidepressivos ou analgésicos opioides;
  • fazer acompanhamento com médicos de múltiplas especialidades para acomodar cuidados com distúrbios específicos, como tratar problemas urinários e a disfunção erétil com o urologista ou investigar alterações na pressão arterial com auxílio de um cardiologista.

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A neuropatia diabética tem cura?

Não há como curar a neuropatia diabética, mas o tratamento adequado, assim como o controle do diabetes e demais fatores de risco, é essencial para interromper ou desacelerar o quadro degenerativo.

Há risco de novas complicações do diabetes relacionadas à neuropatia?

A neuropatia é bastante comum entre as complicações da diabetes e é um fator de risco para quadros de saúde mais severos. Os danos nos nervos podem evoluir e causar perda de sensibilidade, comprometimento dos movimentos e fraqueza. 1,3

Além disso, a condição pode aumentar o risco de amputação não-traumática, infecções urinárias, problemas vasculares, hipotensão, distúrbios digestivos e problemas sexuais.  1,3

Como evitar a neuropatia diabética?

É possível prevenir ou pelo menos atrasar o início dos sintomas da neuropatia diabética com um acompanhamento adequado do diabetes, dos níveis de açúcar no sangue e com um melhor cuidado com a saúde dos pés. 1,3

Não é necessário esperar o quadro se manifestar para investigar se há sinais de danos nos nervos periféricos. A maioria dos médicos indica que o monitoramento da neuropatia deve iniciar assim que receber o diagnóstico de diabetes tipo 2, ou em até cinco anos para o diabetes tipo 1. Após essa etapa, recomenda-se repetir a checagem uma vez ao ano. 1,3

Problemas nos pés, como dores persistentes e feridas que não cicatrizam com o tempo, são complicações comuns de neuropatias. Para evitar esse risco, recomenda-se: 1

  • checar os pés diariamente, em busca de bolhas, cortes, feridas, inchaço e outros tipos de lesão;
  • manter os pés limpos e secos para prevenir micoses;
  • hidratar a pele dos pés para prevenir rachaduras e ressecamento;
  • cortar as unhas com cuidado para evitar feridas;
  • usar meias limpas, secas e macias;
  • usar calçados que acomodam bem os pés, permitem os movimentos dos dedos e não apertam.

Para o controle da glicemia, é recomendado limitar a ingestão de açúcares e fazer mudanças na dieta para mitigar outros riscos à saúde que acompanham o diabetes mellitus, principalmente do tipo 2. É o caso de obesidade, sobrepeso, sedentarismo, hipertensão e colesterol alto. 3,4

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