Desde a descoberta da primeira substância com poder de dulcificante e, consequentemente, a popularização dessa categoria de alimento, a dúvida mais comum é: como o adoçante pode ser um aliado a saúde?
Você mesmo já deve ter se perguntado isso, não é mesmo? Neste artigo, explicamos a função do adoçante, os principais tipos e as evidências científicas que comprovam a segurança no consumo.
Continue a leitura, abandone os mitos e aprenda o que é verdade sobre o tema.
O que é um adoçante?
O adoçante, também chamado de edulcorante, é uma substância natural ou artificial com a capacidade de adoçar bebidas, como café, sucos, drinks, vitaminas e outros, além de preparações, como bolos, mousses, tortas e mais. Geralmente, tem poder dulcificante muito superior ao açúcar produzido da cana-de-açúcar1.
Dentro dessa categoria, existem os adoçantes nutritivos e não nutritivos. Os nutritivos adoçam e fornecem energia ao corpo, como a sacarose (açúcar extraído da cana) e o mel; os não nutritivos possuem baixa ou nenhuma caloria (ex: sacarina e sucralose)1.
Antes de entrarmos no assunto sobre se o adoçante faz mal, que tal darmos um passo para trás e conhecer a história do produto?
A dependência de países produtores e exportadores de açúcar, como o Brasil, no século XIX, motivou a pesquisa de substâncias que pudessem substituí-lo, melhorando a autonomia dos países que importavam o produto3.
O primeiro adoçante artificial da história foi a sacarina, descoberto em 1879, da sintetização em laboratório do ácido toluenossulfônico (derivado do petróleo)2 3.
O mais interessante é que a descoberta foi inesperada. O pesquisador Ira Remsen só reparou que a substância tinha sabor doce quando ela caiu em sua mão2 3.
Anos depois, em 1937, surgiu o ciclamato de sódio, outro derivado do petróleo, obtido do ácido sulfâmico de ciclohexano2 3.
O aspartame foi descoberto em 1965, por acaso, quando o químico James Schlatter pesquisava tratamentos para úlcera. Após, esquentar um dos compostos, ele o espirrou fora do frasco e percebeu o sabor doce3.
As pesquisas continuaram avançando, daí surgiram as opções de adoçantes naturais e, hoje, a variedade de opções auxilia tanto pessoas que não podem consumir açúcar, como os diabéticos, quanto quem deseja eliminar os excessos, sem perder o sabor.
Quais são os tipos mais comuns no mercado?
A lista de edulcorantes é extensa, por isso, reunimos alguns dos mais comuns que são encontrados facilmente no mercado. Confira!
- Sacarina: artificial, adoça 300x mais que o açúcar, de baixa caloria, uso geral e pode ir ao fogo5;
- Aspartame: artificial, adoça 200x mais que o açúcar, 4 calorias/g, uso geral e não deve ir ao fogo5;
- Sucralose: artificial, sintetizado da cana, adoça 600 a 800x mais que o açúcar, não tem calorias, resiste bem a altas temperaturas5;
- Stevia: natural, obtido da planta Stevia rebaudiana, adoça 300x mais que o açúcar, mas tem sabor residual amargo, não tem calorias e pode ir ao fogo5;
- Eritritol: natural, extraído de frutas e vegetais, zero caloria e índice glicêmico, não tem sabor residual e pode ir ao fogo6;
- Xilitol: natural, extraído de frutas e vegetais, sem gosto residual, de baixa caloria (4 kcal/g) e pode ir ao fogo5.
É verdade que o adoçante faz mal para saúde?
Você já deve ter ouvido, ou mesmo questionado, se adoçante faz mal, mas isso é mito ou verdade? Assim como outros nutrientes que ingerimos na alimentação, o adoçante não faz mal, desde que seja consumido da maneira adequada5.
A regra é válida tanto para as opções artificiais quanto naturais. Segundo a tabela de características do INMETRO, algumas opções têm um índice de ingestão máxima/dia que deve ser respeitado5.
Siga sempre a orientação do seu médico ou nutricionista.
Posso consumir adoçante?
Os adoçantes são bastante estudados e ainda não existem estudos com conclusões definitivas sobre os efeitos colaterais negativos em humanos.
Os principais órgãos de saúde, como o FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos, EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil, testam, monitoram continuamente e aprovam o uso de vários adoçadores.
Especialistas recomendam priorizar os de origem natural em relação aos artificiais. Porém, o principal é consumir os produtos nos limites recomendados, mantendo hábitos saudáveis, como atividade física e alimentação variada e rica em nutrientes8.
Fazer um acompanhamento médico ou nutricional é o ideal para quem deseja ou precisa de recomendação personalizada. Como qualquer substância, os adoçantes são seguros quando consumidos de maneira adequada e sem excessos.
Conhecimento atual da ciência
De acordo com o divulgado pela OMS, sabe-se que adoçantes não são indicados para perda de peso. A publicação explica que o uso não impacta na redução da gordura corporal, seja em adultos ou em crianças, não sendo indicado o uso regular pelas pessoas.
Entretanto, os adoçantes podem ser utilizados para ajudar no controle do peso, junto a uma dieta balanceada, atividade física regular, consumo regular de água etc.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), os adoçantes, quando usados no lugar do açúcar, sem compensação calórica e como parte de uma dieta equilibrada e um estilo de vida saudável, são úteis para auxiliar na manutenção de um peso corporal saudável13,14.
A European Food Safety Authority, autoridade europeia que orienta as políticas de saúde, similar a ANVISA no Brasil, destaca que os adoçantes ajudam no “controle da glicemia”, mas “não têm efeito no metabolismo de carboidratos ou na glicemia de curto ou longo prazo”, tendo como alvo a população em geral15.
A segurança dos adoçantes de baixas calorias têm sido meticulosamente avaliada e confirmada por meio de evidências científicas e um forte corpo de órgãos regulatórios de todo o mundo16.
Vale destacar que para um adoçante de baixa caloria ser aprovado para uso no mercado tem que passar por um meticuloso teste de segurança pelas autoridades de segurança alimentar competentes, como qualquer aditivo alimentar16.
Adoçante ou açúcar?
Tanto o açúcar quanto o adoçante podem ser consumidos, desde que em quantidades adequadas. Segundo a OMS, os açúcares devem corresponder a 10% da ingestão total de calorias diária9.
Um consumo adequado evita problemas, como cáries dentárias, ganho de peso e aumento da pressão arterial e dos níveis de gordura no corpo9. Portanto, evitar o excesso de ambos e manter o consumo adequado é o principal cuidado para não prejudicar o organismo.
O adoçante é um aliado de quem segue um plano alimentar para diferentes objetivos, como emagrecimento e controle de peso, além de pessoas auxiliar na alimentação de diabéticos ou intolerantes a glicose12.
Por isso, a substituição do açúcar aliada ao consumo correto do adoçante e hábitos de vida saudáveis é benéfica.
Posso usar adoçante todo dia?
Respeitando a dosagem recomendada ou a orientação do médico/nutricionista, pode-se usar adoçante todo dia. Os potenciais prejuízos estão relacionados ao consumo em excesso ou à sensibilidade à substância principal da fórmula10.
Benefícios de Zero-Cal
Zero-Cal é uma marca 100% brasileira e está há mais de 30 anos no mercado, inovando a categoria de adoçantes. Os produtos da linha são avaliados e aprovados pela Anvisa, garantindo o uso totalmente seguro e sem prejuízos à saúde
Além disso, a marca é a mais lembrada pelos brasileiros na pesquisa Top Of Mind 2021 da Folha SP11 e possui um portfólio completo, do tradicional ao natural, para atender todas as necessidades do consumidor.
Zero-Cal. Curta o lado doce da vida.
13. Peters JC, et al. The effects of water and non-nutritive sweetened beverages on weight loss during a 12 week weight loss treatment program. Obesity 2014; 22: 1415–1421.
14. Peters JC, et al. The effects of water and non-nutritive sweetened beverages on weight loss and weight maintenance: A randomized clinical trial. Obesity (SilverSpring). 2016 Feb; 24 (2):297-304.
16. ISA*. Associação Internacional de Adoçantes. Adoçantes de baixas calorias: papel e benefícios. 2018.