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Adoçante aspartame: conceito + principais mitos e verdades

20/06/2024

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A maioria das pessoas sabem do efeito do aspartame para adoçar os alimentos, contudo, há uma grande confusão sobre a sua segurança e sua eficácia como auxiliar na perda de peso ou na regulação do açúcar no sangue para pessoas com diabetes.1

Mais do que isso, há inúmeras dúvidas que rondam todo o tema sobre adoçantes: quais são os efeitos colaterais, se faz mal e, até mesmo, se é cancerígeno. 

Ainda assim, esse adoçante de baixa caloria é amplamente utilizado na fabricação de alimentos e bebidas vendidos com a rotulagem "diet", "baixo teor de açúcar" ou "baixo teor calórico".1

Até porque, como é importante lembrar, a substância é liberada e aprovada pelas principais agências regulatórias, como a Anvisa no Brasil, a FDA nos Estados Unidos e a EFSA na Europa.2

Vale destacar, ainda, que este é um dos edulcorantes de baixa caloria mais comumente usado e consumido em todo o mundo.2

No entanto, o que é exatamente o aspartame e o que está alimentando o debate contínuo sobre sua segurança e eficácia? Para responder a essa questão, falaremos sobre as características do adoçante e principais mitos e verdades atuais. 

Quer descobrir mais? Então, boa leitura!

O que é aspartame?

O aspartame é um adoçante de baixa caloria que foi desenvolvido em 1965. Atualmente, tem sido usado como uma forma de reduzir a ingestão de açúcares adicionados e, ao mesmo tempo, proporcionar satisfação ao saborear algo doce.1,3

Afinal, o edulcorante é cerca de 200 vezes mais doce que o açúcar e, por essa razão, apenas uma pequena quantidade é necessária para igualar a doçura.3

Os ingredientes do aspartame incluem ácido aspártico e fenilalanina. Ambos são aminoácidos naturais – também conhecidos como “blocos de construção” das proteínas. O primeiro é produzido naturalmente pelo corpo, enquanto a fenilalanina é obtida dos alimentos.4

Está se perguntando por que essa última informação está aqui? Ao responder as principais questões sobre os mitos e verdades do aspartamente, será possível entender melhor. Confira!

O que você precisa saber sobre o aspartame

Vamos esclarecer as maiores dúvidas a respeito deste edulcorante? Veja quatro das perguntas mais comuns e suas respostas.

Aspartame faz mal

Mito. Com base nas evidências disponíveis, essa afirmação é falsa. 

O problema, então, não seria ingeri-lo, mas sim ter um consumo exagerado. Ainda assim, nenhum estudo ou pesquisa demonstrou uma relação comprovada de causa e efeito entre o composto e doenças em humanos.5

Ou seja: o aspartame é seguro seguindo a indicação máxima estabelecida por especialistas

A Dose Diária Admissível (DDA) é definida pela quantidade de um aditivo alimentar aprovado que pode ser consumido diariamente na alimentação, durante a vida, sem risco apreciável para a saúde. Além disso, é expressa com base no peso: em miligramas (mg), por quilogramas (kg) do peso corporal por dia.2

Vale ressaltar, ainda, que como a DDA é relativa à utilização ao longo da vida, oferece uma larga margem de segurança para não haver preocupação caso um indivíduo exceda a DDA a curto prazo, desde que o consumo médio ao longo de períodos de tempo prolongados não o excedam.2

A Dose Diária Admissível do aspartame é de até 40 mg/kg. O que significa que uma pessoa com 70 kg poderia consumir até 2.800 mg do adoçante por dia, sem que isso trouxesse efeitos negativos ou causasse doenças relacionadas.2,5

Algumas pessoas não podem consumir aspartame

Verdade. O que se deve ao fato de ter fenilalanina na sua composição. Lembra que falamos isso logo no início? Apesar de ser uma condição rara, algumas pessoas não conseguem metabolizar este aminoácido.5

A doença é chamada fenilcetonúria, que pode ser diagnosticada pelo teste do pezinho. Nesses pacientes a ingestão deste composto gera um acúmulo no organismo ligado a diversos problemas, como:3,5

  • atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM);
  • deficiência mental;
  • comportamento agitado;
  • convulsões, dentre outros.

É considerada a primeira doença genética a ter, como principal tratamento, uma terapêutica dietética específica: limitação da ingestão de proteínas durante toda a vida. Neste caso, o aspartame está incluso, sendo sua principal contra-indicação.5

Aspartame causa câncer

Mito, pelo menos pelas evidências encontradas até então, quando o consumo mantém-se dentro da dose diária estabelecida.5

Primeiramente, devemos ressaltar que o câncer é uma doença multifatorial, o que significa que diversas causas favorecem seu desenvolvimento. Sendo que, muitas delas são externas.5

Desde 1971, a IARC (International Agency for Research on Cancer) analisa fatores do dia a dia (como compostos químicos, remédios, alimentos, entre outros) para identificar e classificar a possibilidade ou não de contribuírem com o aparecimento da doença.5

Em julho de 2023, junto com a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciaram que o aspartame é "possivelmente cancerígeno" (Grupo 2B) com base em evidências limitadas de câncer em humanos (especificamente, carcinoma hepatocelular, que é um tipo de câncer de fígado).5,6

Contudo, o Chefe da Unidade de Normas Alimentares e Nutricionais e Assessoria Científica da OMS afirmou:6 

"O JECFA (Comitê Misto FAO/OMS) também analisou as pesquisas sobre o risco de câncer em estudos com animais e humanos e concluiu que as evidências de uma ligação entre o consumo de aspartame e o câncer em humanos não são convincentes".

Além disso, o JECFA concluiu que os dados avaliados indicavam que não havia razão suficiente para alterar a Dose Diária Aceitável previamente estabelecida de 0 a 40 mg/kg de peso corporal para o aspartame.6

Portanto, o Comitê reafirmou que o consumo de uma quantidade diária dentro desse limite é seguro

Para você ter uma ideia, com uma lata de refrigerante diet contendo 200 ou 300 mg deste adoçante, um adulto de 70 kg precisaria consumir mais de 9 a 14 latas por dia para exceder a DDA, se nenhum outro alimento for consumido.5,6

Produtos com aspartame serão retirados do mercado

Mito. Ser classificado no Grupo 2B da IARC não tem caráter proibitivo (e nem poder para isso).5,6

Por conta das últimas notícias falando sobre as evidências cancerígenas, muitos se questionaram se os produtos que contêm a substância seriam retirados do supermercado.

Contudo, como já vimos, não houve uma alteração da Dose Diária Admissível, e o aspartame é considerado um adoçante seguro

Portanto, nenhum produto que contém o edulcorante será proibido ou precisará alterar sua fórmula, o que significa que continuará sendo vendido normalmente.5

Devemos ressaltar, ainda, que a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), que representa o setor, posicionou-se em defesa do produto, reforçando que ele é um dos mais pesquisados da história, com aprovação de mais de 90 agências de segurança alimentar pelo globo.5

Conclusão

O aspartame é amplamente utilizado pela indústria alimentícia, seja com a fabricação de refrigerantes dietéticos, balas de gomas, iogurtes, refrescos em pó ou, até mesmo, pastilhas para a tosse.5

Entretanto, você sabia que também pode comprar adoçante Zero-Cal Aspartame e aproveitar para deixar suas bebidas mais doces, mas sem os malefícios do açúcar?

Até porque, como possui um poder edulcorante 200 vezes mais potente, pequenas quantidades podem ser adicionadas para garantir o sabor que você gosta. O melhor? Sem deixar aquele gostinho amargo no fim.7

Aproveite, experimente e tire suas próprias conclusões!

Zero-Cal: viva o lado doce da vida.

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