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Como fazer reeducação alimentar? Conceito, benefícios e dicas

19/06/2024

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Se você deseja ter uma boa qualidade de vida e bem-estar, então, em algum momento pode se perguntar “como fazer reeducação alimentar”?

Afinal, essa é uma maneira de comer melhor, com qualidade, visando acima de tudo, sua saúde. A ideia é que você faça mudanças gradualmente, até que elas se tornem um hábito, além de fazer substituições inteligentes daqueles alimentos que não são tão benéficos.1

Não à toa, é uma questão de saúde pública. As principais doenças que atualmente acometem os brasileiros deixaram de ser agudas e passaram a ser crônicas. Apesar da intensa redução da desnutrição em crianças, as deficiências de micronutrientes e a desnutrição crônica ainda são prevalentes em determinados grupos.2

Ao mesmo tempo, o Brasil vem enfrentando aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias, e as doenças crônicas são a principal causa de morte entre adultos.2

As mudanças de hábitos alimentares podem trazer inúmeros benefícios à saúde, indo muito além da perda de peso. A verdade é que a alimentação balanceada é essencial para promover uma vida saudável, auxiliando a prevenção de doenças (como diabetes e hipertensão).3

Quer saber o que é e como fazer reeducação alimentar? Qual a diferença das dietas tradicionais que estamos acostumados a ver? Então, continue a leitura e veja nossas dicas!

O que é reeducação alimentar?

A reeducação alimentar é uma maneira de comer melhor, com qualidade, visando acima de tudo, sua saúde e qualidade de vida. Você terá que fazer mudanças gradualmente, até que elas se tornem um hábito.1

Assim, o principal objetivo da prática é ajudar as pessoas a adquirirem progressivamente um estilo de vida mais saudável, além de melhorar o bem-estar físico e mental por meio da alimentação.4

Por meio da reeducação e do conhecimento sobre alimentos, é possível identificar os hábitos pouco saudáveis que você tem e evitar comportamentos impulsivos e negativos em relação à comida.4

Outro ponto importante sobre o assunto é que essas técnicas podem ser usadas individualmente ou em um programa liderado por um profissional de saúde, geralmente um nutricionista, cuja presença é muito importante para garantir as melhores práticas.

Diferença entre dieta e reeducação alimentar

Pessoas que buscam fazer uma dieta geralmente têm um objetivo a alcançar rapidamente, seja ganho de massa corporal, redução de peso, controle de colesterol ou até mesmo preparação para uma competição esportiva. Portanto, fazer dieta é temporário e sem metas de longo prazo.1

No entanto, o que também é frequentemente observado é muitas dietas são altamente restritivas, seguidas sem compromisso e monitoramento profissional.

Isso acaba sendo um risco para a saúde, já que cada corpo tem suas próprias características e responde de forma diferente às mudanças nos hábitos alimentares.1

Já o papel da reeducação alimentar não é privá-lo de nenhum alimento, mas sim ensinar você a comer corretamente, o que requer persistência e dedicação, pois inclui qualidade, combinações até que se torne um hábito natural.1,4

É fundamental fazer essa distinção antes de entender como fazer reeducação alimentar, não é mesmo?

Quais os benefícios da reeducação alimentar?

A reeducação alimentar oferece uma série de benefícios para a saúde física, mental e emocional. Aqui estão alguns dos principais:4,5,6

  1. melhora da saúde geral;
  2. controle de peso;
  3. prevenção de doenças;
  4. melhora da disposição e energia;
  5. melhora da função cognitiva;
  6. promoção do bem-estar emocional;
  7. aumento da longevidade e qualidade de vida.

Ou seja, não se trata apenas de uma dieta temporária para perder peso, mas sim de uma mudança de hábitos alimentares que objetiva promover a saúde e o bem-estar.

Como fazer reeducação alimentar?

As principais dicas para uma reeducação alimentar bem-sucedida são:

  • beber bastante água;
  • alimentar-se com consciência;
  • priorizar alimentos naturais;
  • moderar o uso de óleos, sal e açúcar;
  • diminuir o consumo de processados;
  • evitar restrições excessivas;
  • planejar o cardápio;
  • buscar ajuda profissional.

Confira os detalhes de cada um desses pontos.

1. Beba bastante água

A água é essencial para o funcionamento adequado do corpo humano, pois auxilia no processo de digestão, regula a temperatura corporal, transporta nutrientes e elimina resíduos.3,7

Portanto, manter-se hidratado é fundamental para o bem-estar geral e pode auxiliar no controle do apetite, já que muitas vezes a sensação de sede é confundida com fome.3

2. Alimente-se com consciência

Comer com consciência envolve prestar atenção aos sinais do corpo, como fome, saciedade e satisfação. Em outras palavras, é importante comer devagar, mastigando bem os alimentos e desfrutando de cada refeição.4

Praticar a atenção plena durante as refeições pode ajudar a evitar excessos e a desenvolver uma relação mais saudável com a comida.

3. Priorize alimentos naturais e pouco processados

Alimentos naturais, como frutas, legumes, verduras e grãos integrais, são ricos em vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes.2

Ou seja, fornecem nutrientes essenciais para o funcionamento adequado do corpo e ajudam a manter a saúde em geral.2

4. Modere o uso de óleos, gorduras, sal e açúcar

Gorduras, sal e açúcar são parte da dieta, mas é importante consumi-los com moderação. Opte por fontes saudáveis de gorduras, como abacate, nozes, sementes e peixes gordurosos, e reduza o consumo de gorduras saturadas e trans.2

Além disso, limite o consumo de sal, optando por temperos naturais e evitando alimentos processados ricos em sódio. Quanto ao açúcar, prefira fontes naturais, como frutas e adoçantes, e limite o consumo de açúcares adicionados em bebidas e alimentos processados.2

5. Diminua o consumo de alimentos processados

Alimentos processados são geralmente ricos em calorias, gorduras saturadas, açúcares adicionados e sódio, e pobres em nutrientes essenciais. Escolher por alimentos frescos e minimamente processados ajuda a garantir uma ingestão adequada de nutrientes e a manter um peso saudável.2,4

6. Evite restrições excessivas

Restringir grupos alimentares inteiros ou impor regras rígidas pode levar a sentimentos de privação, compulsão alimentar e desequilíbrios nutricionais.7

Não tem como fazer reeducação alimentar sem cultivar uma relação flexível e compassiva com a comida, permitindo-se desfrutar de alimentos indulgentes ocasionalmente e focando principalmente em escolhas saudáveis e equilibradas.7

7. Planeje o cardápio de refeições

Planejar as refeições com antecedência pode ajudar a garantir uma alimentação equilibrada[3]  ao longo da semana. Essa estratégia envolve fazer uma lista de compras, escolher boas receitas e preparar refeições em casa sempre que possível.2,3

Ter opções saudáveis prontas e disponíveis pode ajudar a evitar escolhas impulsivas e a manter o foco nos objetivos de saúde.

8. Busque ajuda profissional

Consultar um nutricionista ou outro profissional de saúde qualificado pode fornecer orientação personalizada e suporte durante o processo de reeducação alimentar.1,7

Afinal, eles podem ajudá-lo a identificar metas realistas, desenvolver um plano alimentar individualizado e oferecer dicas e estratégias para superar desafios e alcançar sucesso a longo prazo.1,7

Conclusão

A reeducação alimentar é um processo contínuo e requer paciência, comprometimento e dedicação. Não se trata apenas de perder peso, mas de adotar um estilo de vida mais saudável e sustentável em longo prazo.

A ideia não é impor regras ou fazer grandes restrições. Neste sentido, também é interessante fazer substituições inteligentes. Por exemplo, em vez do açúcar, que tal usar adoçantes para suas bebidas ou sobremesas? Essa é uma forma simples de tomar decisões mais saudáveis.8

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1. Sooro. What is the difference between diet x dieting re-education [Internet]. Disponível em https://sooro.com.br/en/what-is-the-difference-between-diet-x-dieting-re-education/. Acesso em fevereiro de 2024.


2. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a população brasileira. 2014, 2ª edição. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf. Acesso em fevereiro de 2024.


3. Unimed BH. Reeducação alimentar: tire todas as suas dúvidas e ouça o podcast [Internet]. Disponível em https://viverbem.unimedbh.com.br/qualidade-de-vida/reeducacao-alimentar-podcast-alimentacao/. Acesso em fevereiro de 2024.


4. Sooro. Dietary re-education: the path to a healthy life [Internet]. Disponível em https://sooro.com.br/en/dietary-re-education-the-path-to-a-healthy-life/. Acesso em fevereiro de 2024.


5. Christinelli HCB, et al. Effectiveness of a dietary re-education and physical activity program on obesity. 2020. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2020.20190213. Acesso em fevereiro de 2024.


6. Zenklub. Reeducação alimentar: o que é e como fazer (+7 dicas) [Internet]. Disponível em https://zenklub.com.br/blog/para-voce/reeducacao-alimentar/. Acesso em fevereiro de 2024.


7. Hospital Albert Einstein. Reeducação alimentar: como fazer e qual a importância [Internet]. Disponível em https://vidasaudavel.einstein.br/reeducacao-alimentar/. Acesso em fevereiro de 2024.


8. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia | SBEM. Adoçantes fazem mal? [Internet]. 2008. Disponível em https://www.endocrino.org.br/adocantes-fazem-mal/. Acesso em fevereiro de 2024.


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