Se você deseja ter uma boa qualidade de vida e bem-estar, então, em algum momento pode se perguntar “como fazer reeducação alimentar”?
Afinal, essa é uma maneira de comer melhor, com qualidade, visando acima de tudo, sua saúde. A ideia é que você faça mudanças gradualmente, até que elas se tornem um hábito, além de fazer substituições inteligentes daqueles alimentos que não são tão benéficos.1
Não à toa, é uma questão de saúde pública. As principais doenças que atualmente acometem os brasileiros deixaram de ser agudas e passaram a ser crônicas. Apesar da intensa redução da desnutrição em crianças, as deficiências de micronutrientes e a desnutrição crônica ainda são prevalentes em determinados grupos.2
Ao mesmo tempo, o Brasil vem enfrentando aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias, e as doenças crônicas são a principal causa de morte entre adultos.2
As mudanças de hábitos alimentares podem trazer inúmeros benefícios à saúde, indo muito além da perda de peso. A verdade é que a alimentação balanceada é essencial para promover uma vida saudável, auxiliando a prevenção de doenças (como diabetes e hipertensão).3
Quer saber o que é e como fazer reeducação alimentar? Qual a diferença das dietas tradicionais que estamos acostumados a ver? Então, continue a leitura e veja nossas dicas!
O que é reeducação alimentar?
A reeducação alimentar é uma maneira de comer melhor, com qualidade, visando acima de tudo, sua saúde e qualidade de vida. Você terá que fazer mudanças gradualmente, até que elas se tornem um hábito.1
Assim, o principal objetivo da prática é ajudar as pessoas a adquirirem progressivamente um estilo de vida mais saudável, além de melhorar o bem-estar físico e mental por meio da alimentação.4
Por meio da reeducação e do conhecimento sobre alimentos, é possível identificar os hábitos pouco saudáveis que você tem e evitar comportamentos impulsivos e negativos em relação à comida.4
Outro ponto importante sobre o assunto é que essas técnicas podem ser usadas individualmente ou em um programa liderado por um profissional de saúde, geralmente um nutricionista, cuja presença é muito importante para garantir as melhores práticas.
Diferença entre dieta e reeducação alimentar
Pessoas que buscam fazer uma dieta geralmente têm um objetivo a alcançar rapidamente, seja ganho de massa corporal, redução de peso, controle de colesterol ou até mesmo preparação para uma competição esportiva. Portanto, fazer dieta é temporário e sem metas de longo prazo.1
No entanto, o que também é frequentemente observado é muitas dietas são altamente restritivas, seguidas sem compromisso e monitoramento profissional.
Isso acaba sendo um risco para a saúde, já que cada corpo tem suas próprias características e responde de forma diferente às mudanças nos hábitos alimentares.1
Já o papel da reeducação alimentar não é privá-lo de nenhum alimento, mas sim ensinar você a comer corretamente, o que requer persistência e dedicação, pois inclui qualidade, combinações até que se torne um hábito natural.1,4
É fundamental fazer essa distinção antes de entender como fazer reeducação alimentar, não é mesmo?
Quais os benefícios da reeducação alimentar?
A reeducação alimentar oferece uma série de benefícios para a saúde física, mental e emocional. Aqui estão alguns dos principais:4,5,6
- melhora da saúde geral;
- controle de peso;
- prevenção de doenças;
- melhora da disposição e energia;
- melhora da função cognitiva;
- promoção do bem-estar emocional;
- aumento da longevidade e qualidade de vida.
Ou seja, não se trata apenas de uma dieta temporária para perder peso, mas sim de uma mudança de hábitos alimentares que objetiva promover a saúde e o bem-estar.
Como fazer reeducação alimentar?
As principais dicas para uma reeducação alimentar bem-sucedida são:
- beber bastante água;
- alimentar-se com consciência;
- priorizar alimentos naturais;
- moderar o uso de óleos, sal e açúcar;
- diminuir o consumo de processados;
- evitar restrições excessivas;
- planejar o cardápio;
- buscar ajuda profissional.
Confira os detalhes de cada um desses pontos.
1. Beba bastante água
A água é essencial para o funcionamento adequado do corpo humano, pois auxilia no processo de digestão, regula a temperatura corporal, transporta nutrientes e elimina resíduos.3,7
Portanto, manter-se hidratado é fundamental para o bem-estar geral e pode auxiliar no controle do apetite, já que muitas vezes a sensação de sede é confundida com fome.3
2. Alimente-se com consciência
Comer com consciência envolve prestar atenção aos sinais do corpo, como fome, saciedade e satisfação. Em outras palavras, é importante comer devagar, mastigando bem os alimentos e desfrutando de cada refeição.4
Praticar a atenção plena durante as refeições pode ajudar a evitar excessos e a desenvolver uma relação mais saudável com a comida.
3. Priorize alimentos naturais e pouco processados
Alimentos naturais, como frutas, legumes, verduras e grãos integrais, são ricos em vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes.2
Ou seja, fornecem nutrientes essenciais para o funcionamento adequado do corpo e ajudam a manter a saúde em geral.2
4. Modere o uso de óleos, gorduras, sal e açúcar
Gorduras, sal e açúcar são parte da dieta, mas é importante consumi-los com moderação. Opte por fontes saudáveis de gorduras, como abacate, nozes, sementes e peixes gordurosos, e reduza o consumo de gorduras saturadas e trans.2
Além disso, limite o consumo de sal, optando por temperos naturais e evitando alimentos processados ricos em sódio. Quanto ao açúcar, prefira fontes naturais, como frutas e adoçantes, e limite o consumo de açúcares adicionados em bebidas e alimentos processados.2
5. Diminua o consumo de alimentos processados
Alimentos processados são geralmente ricos em calorias, gorduras saturadas, açúcares adicionados e sódio, e pobres em nutrientes essenciais. Escolher por alimentos frescos e minimamente processados ajuda a garantir uma ingestão adequada de nutrientes e a manter um peso saudável.2,4
6. Evite restrições excessivas
Restringir grupos alimentares inteiros ou impor regras rígidas pode levar a sentimentos de privação, compulsão alimentar e desequilíbrios nutricionais.7
Não tem como fazer reeducação alimentar sem cultivar uma relação flexível e compassiva com a comida, permitindo-se desfrutar de alimentos indulgentes ocasionalmente e focando principalmente em escolhas saudáveis e equilibradas.7
7. Planeje o cardápio de refeições
Planejar as refeições com antecedência pode ajudar a garantir uma alimentação equilibrada[3] ao longo da semana. Essa estratégia envolve fazer uma lista de compras, escolher boas receitas e preparar refeições em casa sempre que possível.2,3
Ter opções saudáveis prontas e disponíveis pode ajudar a evitar escolhas impulsivas e a manter o foco nos objetivos de saúde.
8. Busque ajuda profissional
Consultar um nutricionista ou outro profissional de saúde qualificado pode fornecer orientação personalizada e suporte durante o processo de reeducação alimentar.1,7
Afinal, eles podem ajudá-lo a identificar metas realistas, desenvolver um plano alimentar individualizado e oferecer dicas e estratégias para superar desafios e alcançar sucesso a longo prazo.1,7
Conclusão
A reeducação alimentar é um processo contínuo e requer paciência, comprometimento e dedicação. Não se trata apenas de perder peso, mas de adotar um estilo de vida mais saudável e sustentável em longo prazo.
A ideia não é impor regras ou fazer grandes restrições. Neste sentido, também é interessante fazer substituições inteligentes. Por exemplo, em vez do açúcar, que tal usar adoçantes para suas bebidas ou sobremesas? Essa é uma forma simples de tomar decisões mais saudáveis.8
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